Terá o juiz Sérgio Moro influenciado os procuradores da Operação Lava Jato de Curitiba no sentido de obterem provas contra os suspeitos e designadamente o ex-presidente Lula contrariando as regras legais? Pois, parece que sim, a acreditar nas conversas publicadas pelo jornal online de factchecking, conversas através da aplicação Telegram a que teve acesso a equipa de investigação do The Intercept Brasil.
Não foi preciso mais para o coro multinacional dos órfãos de Lula e do pêtismo iniciar a operação de limpeza do Lava Jato, alegando que, em vista da interferência do juiz na investigação, a acusação seria infundada. À pala de irregularidades processuais pretendem os órfãos - grosso modo a esquerdalhada internacional - branquear o maior sistema de corrupção alguma vez existente que permitiu a um partido manter-se no poder à custa de comprar milhares de políticos e empresários, partido capitaneado por Lula durante mais de uma década, um Lula sobre cujos filhos se amontoam evidências de terem sido beneficiários do mesmo esquema de corrupção.
Andaram bem os juízes e os procuradores que não cumpriram as regras e usaram atalhos na investigação? Claro que andaram mal. Mas estão os órfãos da esquerdalhada preocupados com as dezenas de políticos de direita que também foram apanhados pelos mesmos processos e foram condenados e presos? Não, não estão.
E se a ilegitimidade dos processos de investigação compromete as provas, o que dizer das conversas privadas que fundamentam a acusação a Moro e aos procuradores de investigação "dirigida" que foram obtidas por meios ilegais? Daí resulta que Moro e os procuradores ficam isentos de responsabilidades?
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