«Em 2016 havia 6.109 filiais estrangeiras no país, o que representava 0,73% do universo empresarial (excluindo o sector financeiro e segurador). Esta percentagem era a sexta mais baixa entre todos os 28 países da União Europeia (UE) e ficava bem abaixo da média da UE, que atingia 1,2%. E Portugal também ficava aquém da média da UE em termos do peso das filiais estrangeiras no emprego - 13,1% versus 15,3% - e no valor acrescentado bruto a custo de fatores - 24% contra 25%. (...)
Em 2016, a produtividade por trabalhador (valor acrescentado bruto por pessoa empregada) atingia 45,4 mil euros, em média, nas filiais estrangeiras em Portugal, o que comparava com 24,9 mil euros no conjunto do tecido empresarial. Tradução: um diferencial de 82,3%, o nono maior entre os 28 países da UE.
Quanto aos custos médios com pessoal atingiam, em 2016 (valor anual), 24,6 mil euros nas filiais estrangeiras e 17,5 mil euros no conjunto de todas as empresas no país. Ou seja, em média, nas filiais estrangeiras os salários eram 40,6% superiores, colocando Portugal na sétima posição entre os 13 países da UE para os quais há dados disponíveis no que toca a este diferencial.»
(Dados do Eurostat citados pelo Expresso Diário)
E porquê? Pelas razões do costume: (1) o capital por trabalhador nas filiais estrangeiras é mais elevado o que permite um nível de automação maior; (2) a qualificação dos trabalhadores é mais alta e (3) a qualidade da gestão dessas filiais é melhor.
O que é preciso para se chegar lá? Mais desses ingredientes e tempo (muito tempo). E como se chega lá? Não se chega com o complexo político-empresarial socialista nem com a fórmula preferida da esquerdalhada que é aumentar os salários e esperar que isso aumente a produtividade. Isso é seguro. O resto podemos discutir.
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