Outras preces
Se a criatura que faz as vezes de presidente da República tivesse um módico de bom senso só falaria quando tivesse alguma coisa para dizer e só faria o seu papel. Assim, ficaria a maior parte do tempo calado e ter-se-ia poupado a fazer de árbitro do PSD, intrigando sucessivamente com Rio e Montenegro, e de promotor do putativo futuro líder, fazendo Moedas gastar imenso dinheiro com viagens de Bruxelas a Lisboa para encher o espaço mediático de banalidades.
A confirmar a falta do referido módico, na semana seguinte, quando lhe pediram para comentar o escândalo do crédito mal-parado da Caixa ligado a figuras do regime que vão desde Berardo e os Finos (para comprar acções do BCP dando-as como garantia, e abrir a porta a Santos Ferreira e a Vara para transitarem da Caixa para o BCP), até a empresas do GES, passando por muitas outras, Marcelo, habitualmente opinativo e verborreico, refugia-se em banalidades como «isso há-de chegar às minhas mãos. Vou ter de me pronunciar. Vou esperar por esse momento». Banalidades que foram, por boas razões, interpretados por quem as ouviu como «Marcelo tenta proteger Caixa de auditoria ao passado».
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