- 17 de Novembro: 282 mil, 0,67%
- 24 de Novembro: 106 mil, 0,25%
- 1 de Dezembro: 75 mil, 0,18%
- 8 de Dezembro: 125 mil, 0,30%
- 15 de Dezembro: 66 mil, 0,15%
[População da França: 67,2 milhões, dos quais aproximadamente 42 milhões entre os 15 e os 64 anos]
Em média participaram nos 5 dias de manifestações em toda a França 131 mil pessoas, o equivalente a 0,31% da população entre os 15 e os 64 anos ou a 2 em cada mil franceses.
A cedência em toda a linha de Macron não demonstra a força de um movimento de tipo anarquista cavalgado pelos populismos de esquerda e de direita e infiltrado pela marginalidade que aproveita para pilhar. Ao invés, demonstra a incapacidade de Macron reformar um país com uma cultura profundamente centralizadora e colectivista e uma elite dirigista e demonstra a fraqueza de um político de aviário que chegou ao palácio do Eliseu sem nunca ter sido posto à prova fora dos gabinetes da banca e do governo.
Leia-se o que disse Eric Drouet, um dos iniciadores dos gilets jaunes, num vídeo no Facebook:
«Ce que Macron a fait lundi, c'est un appel à continuer, parce qu'il commence à lâcher quelque chose et, venant de lui, c'est inhabituel.»Compare-se a reacção de Emanuel Macron com a acção de Charles de Gaulle que no dia 30 de Maio de 1968, depois dos levantamentos de estudantes que sublevaram Paris durante esse mês, anunciou na televisão ao povo francês:
«J'ai pris mes résolutions. Dans les circonstances présentes, je ne me retirerai pas. J'ai un mandat du peuple, je le remplirai, je ne changerai pas le premier ministre dont la valeur, la solidité, la capacité méritent l'hommage de tous. Il me proposera les changements qui lui paraîtront utiles dans la composition du gouvernement. Je dissous aujourd'hui l'assemblée nationale.»Algumas horas depois, 800 mil pessoas manifestaram-se pacificamente em Paris em apoio ao presidente de Gaulle. O discurso de Macron do dia 10 bem poderia ter começado assim: J'ai cédé à mes irrésolutions,
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