16/08/2018

Pro memoria (384) - Paddy Cosgrave como gestor de eventos ao serviço da geringonça

Paddy Cosgrave convidou Marine Le Pen para o Web Summit deste ano com o propósito, segundo explicou, de promover o debate e a discussão sobre a emergência da extrema-direita. Sem surpresa, os megafones do berloquismo nos mídia fizerem sentir a sua "indignação".

Com grande descaro, Cosgrave começou por colocar a decisão nas mãos do governo. Com o habitual sentido de oportunidade, Costa aproveitou a ocasião para mostrar serviço de independência e devolveu a decisão a Cosgrave que teve uma epifania e tuitou «é agora claro para mim que a decisão correta para a #WebSummit é retirar o convite a Marine Le Pen».

Estou com o jornalista António Costa (mera coincidência) que concluiu:

«Tendo em conta que há uma negociação em curso entre o Web Summit e o Estado português para o prolongamento do evento em Lisboa por mais dez anos, não é difícil antecipar que este acordo já estará fechado. Paddy Cosgrave colocou-se nas mãos do governo, arriscou a sua credibilidade e independência, e do próprio evento. Só pode ter uma explicação: o Web Summit acabou tal como o conhecemos, mas vai continuar por cá mais uns anos.»

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