No Estado Novo do professor doutor Oliveira Salazar, o Botas, os trabalhadores eram obrigatoriamente sindicalizados e os patrões descontavam as quotas nos seus salários entregando-as aos chamados Sindicatos Nacionais. Já agora, recorde-se que no regime saído do golpe militar que derrubou o corporativismo salazarista do governo de Marcelo Caetano - o padrinho do outro Marcelo agora residente em Belém - as correntes ideológicas hoje representadas por comunistas e berloquistas defenderam a então chamada unicidade sindical, uma espécie de continuidade dos sindicatos corporativistas com sindicalização obrigatória.
Quem disse que os Estados Unidos são o paraíso do neoliberalismo como lhe chamam os colectivistas? Obrigar os funcionários públicos a pagarem quotas aos sindicatos, ainda que não sejam sócios, parece mais próximo de uma espécie de Estado Novo.
Pois bem, foi isso que se passou durante quatro décadas. Até que o Supremo Tribunal decidiu em Junho por maioria 5-4 «que esse arranjo viola os direitos de liberdade de expressão de não-membros, obrigando-os a subsidiar o discurso privado em questões de interesse público substancial».
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