Só no mês de Maio podemos encontrar centenas de "notícias" sobre supostos "despejos" plantadas nos jornais pela esquerdalhada através dos jornalistas de causas e outros idiotas úteis ao seu serviço. É como se, de repente, os processos de despejo, que durante anos se contavam pelas dedos de uma mão, brotassem espontaneamente pelos bairros de Lisboa.
Uma consulta rápida ao chamado "Novo Regime do Arrendamento Urbano" aprovado pela Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro é suficiente para se perceber que um despejo só pode ter lugar com uma acção judicial «quando o arrendatário não desocupe o locado na data prevista na lei ou na data fixada por convenção entre as partes» ou seja quando o contrato caduca, não é renovado, ou é denunciado pelo senhorio nos prazos e na forma prevista pelo contrato, ou é resolvido pelo senhorio com fundamento em uma das cinco causas previstas no artigo 1083.º.
Na maioria dos casos, como aqui fez notar Adolfo Mesquita Nunes, estamos perante situações de não renovação pescadas à linha e transformadas em bandeiras pelo agitprop que aproveita a conotação negativa da palavra despejo para gerar uma onda de indignação que, como quase todas as outras, se propaga apenas no huis clos da esquerdalhada, redacções dos mídia, tascas da moda, discotecas e, claro, no parlamento onde o berloquismo ganhou a audiência do grupo parlamentar socialista, obrigado a mostrar-se colaborante nas causas fracturantes como moeda de troca para comprar o silêncio cúmplice na manutenção da "austeridade".
Na realidade(com mais despejos ou menos despejos,e Lisboa tem sérios problemas observados por quem não se limita a passear no terreiro do paço e afins)estamos entregues à bicharada,ou ao "Fungágá da bicharada" como diz a canção.
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