«O Governo é o lugar onde há mais ministros. O Conselho Geral e de Supervisão da EDP é o lugar onde há mais ex-ministros. Apontem: Luís Amado (ministro da Defesa e ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates), Eduardo Catroga (ministro das Finanças de Cavaco Silva), Celeste Cardona (ministra da Justiça de Durão Barroso e Paulo Portas), Jorge Braga de Macedo (ministro das Finanças de Cavaco Silva), Vasco Rocha Vieira (nomeado por Cavaco Silva ministro da República nos Açores e último governador de Macau), Augusto Mateus (ministro da Economia de António Guterres) e António Vitorino (ministro da Presidência e ministro da Defesa de António Guterres). Um terço dos 21 membros do Conselho Geral e de Supervisão da EDP são antigos ministros. Porque será?»
Se o presidente americano Dwight D. Eisenhower quando fez o seu discurso de despedida em 17 de Janeiro de 1961 conhecesse o Portugal Socialista, em alternativa ao exemplo do «military–industrial complex» como «potential enemy of the national interest», uma «unjustified expenditure» e «nothing more than a distorted use of the nation's resources», poderia ter dado o exemplo do complexo político-empresarial socialista português, um dispositivo herdeiro do Estado Novo Corporativo, incrementado com as nacionalizações do PREC e refinado com uma espécie de capitalismo de estado montado pelo polvo socialista mancomunado com os empresários do regime onde sobressaíram os Espíritos.
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