«Isonomia e liberdade», Ricardo Arroja no jornal Eco.
À laia de teaser:
«A tradição que até aqui retratei é a britânica. É aquela que me empolga e na qual me revejo. Mas há uma outra tradição, igualmente marcante, de liberdade na Europa: a tradição francesa. Ora, foi esta que, infelizmente, mais inspirou a política portuguesa nos últimos séculos. Digo infelizmente porque a tradição francesa de liberdade parte do contrato social de Rousseau que degenera na indeterminável vontade comum, abrindo o caminho a uma visão colectivista e construtivista da sociedade – uma formulação pouco defensora da liberdade. Conforme conclui Hayek, a liberdade francesa é deliberadamente doutrinária, é construída a partir do Estado e dele depende; já a liberdade britânica parte do indivíduo, de princípios geralmente aceites (costumes) e da jurisprudência do direito comum. São duas visões antagónicas do conceito de liberdade.»
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