«Nessa proposta, agora em discussão no Parlamento, prevê-se que as empresas com mais de 100 trabalhadores sejam notificadas pela Autoridade das Condições do Trabalho sempre que forem detectadas desigualdades salariais. Mas tudo isto aparece pouco escassos dois meses depois. E assim num projecto liderado pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) aí iremos ter o certificado de igualdade de género para empresas.
A primeira reacção seria a de sorrir com condescendência como se este “certificado de igualdade de género” fosse mais uma na longa série de decisões grotescas de um governo que não consegue garantir a segurança dos cidadãos mas não os deixa comer arroz doce nos bares dos hospitais,um governo que legislou no sentido de adolescentes de 16 anos puderem mudar de sexo sem relatórios médicos nem consentimento dos pais mas que não permite aos mesmos adolescente e já agora aos seus pais comer uma sandes de presunto num bar de hospital ou pegarem num saleiro num restaurante. (...)
Portugal é hoje muito menos livre do que era há anos. Em nome da igualdade e do combate às discriminações criámos um monstro. Ou o enfrentamos ou ele toma conta das nossas vidas.»
Certificadamente autoritários, Helena Matos no Observador
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