É para mim um mistério tão pouca gente reparar no prodigioso transformismo da governação de Costa.
Com um programa de governo cujos drivers de crescimento eram a despesa pública, incluindo investimento, e o consumo, isto é a procura interna, deixou-os cair para cumprir as metas do défice orçamental, a que chamava na oposição a ditadura de Bruxelas, e aproveitou a boleia das exportações e do turismo, isto é da procura externa, para a qual o governo em nada contribuiu, para se enfeitar com as grandes realizações da economia, ao mesmo tempo que falhava em toda a linha nas áreas da governação da sua directa responsabilidade.
Semelhante transformismo foi realizado também com a austeridade que, segundo o programa, teria a página voltada e na realidade consistiu na substituição dos cortes de salários e pensões por cortes no investimento e na despesa em bens e serviços, através das cativações que deixam as escolas sem dinheiro para o aquecimento, os hospitais sem meios para tratar os doentes e os fornecedores com facturas penduradas. E, claro, na troca dos impostos directos pelos indirectos disfarçados no preço dos bens e serviços.
Nem sei que pense!?
ResponderEliminar1º Tem toda a razão no escreve.
2º quero apenas partilhar pensamentos:
-A troca dos I.Diretos pelos I.indiretos é um contra-censo da esquerda, pois os indiretos não são por norma progressivos, até o mais pobre paga.
3º O não investimento em obras megalómanas tb é uma facada no discurso socialista-comunista. O senão é o desinvestimentos em equipamentos de segurança e justiça.
4º Aumento de salários sem acompanhamento de produtividade, irá ser negativo. Mas reversível pela privatização de serviços, empresas.
Nem sei o que pense!?