13/12/2017

SERVIÇO PÚBLICO: Será o progresso tecnológico uma catástrofe para o emprego?

Eis aqui em O Insurgente uma análise séria, ainda que provocatória, da lengalenga da tecnologia ir acabar com os nossos empregos.

«Eu só consigo imaginar o desespero destas mesmas pessoas se em 1930 lhes dissessem que daí a 50 anos, 3% dos trabalhadores seria suficiente para produzir os bens alimentares de toda a população. Consigo imaginar o seu desespero ao tentar imaginar onde trabalhariam os outros 60% de trabalhadores que nessa altura se dedicavam à agricultura. A verdade é que hoje não temos 60% de pessoas desesperadas de enxada na mão de porta em porta à procura de trabalho.»

É claro que este tipo de argumentação não garante que os empregos actuais não desapareçam maciçamente sem ser substituídos por outros. Tal como a argumentação dos que defendem que o progresso tecnológico fará desaparecer os empregos actuais (em grande parte será assim, com toda a probabilidade) não prova que esses empregos não sejam substituídos por outros, como no passado.

É uma lógica do tipo reductio ad absurdum que mostra que se admitirmos certas premissas elas não explicam a história e conduzem-nos a conclusões que são absurdas ou inválidas e, portanto, essas premissas não são necessariamente válidas.

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