06/10/2017

Proposta de petição para demolição de vários símbolos do fascismo

Tomo nota da odiosa acção perpetrada por «um grupo de nacionalistas da extrema-direita» que tentou impedir uma manif pacífica de protesto com 43 anos de atraso contra o colonialismo simbolizado pela estátua do «esclavagista selectivo» padre António Vieira no largo Trindade Coelho em Lisboa. O funesto acontecimento foi aqui descrito no DN, esse lócus de jornalismo de causas, anteontem umas, ontem outras, hoje ainda outras, que já foi dirigido por José Saramago, um símbolo da imprensa livre.

Tomo nota e em conformidade completo a proposta de petição que apresentei em Agosto:


Quarenta e três anos depois da queda do fascismo ainda existem em Portugal monumentos glorificando o Estado Novo e o esclavagismo selectivo, insultando o Povo português e a memória de gerações de luta contra a ditadura e afrontando o espírito da democracia implantada pela Revolução do 25 Abril, obra do glorioso MFA em aliança com as Forças Democráticas e o Povo Português.

Comício na Fonte Luminosa no dia 19 de Julho de 1975 das forças da reacção em aliança com a Igreja
onde os líderes da Forças Progressistas foram chamados «paranóicos» e «dementados»

«Cerca de 15 manifestantes do grupo Descolonizando ameaçados 
por um grupo de nacionalistas da extrema-direita»

Nós os abaixo assinados, inspirados e identificados com a dinâmica progressista de remoção de símbolos do colonialismo, do supremacismo, da discriminação de géneros e de minorias, exigimos a demolição da Fonte Luminosa, símbolo do Estado Novo fascista, utilizado pelas forças anti-progressistas e reaccionárias para combater as conquistas do 25 de Abril e exigimos igualmente o desmantelamento da estátua do «esclavagista selectivo» padre António Vieira em Lisboa.

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