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Em retrospectiva: que o debate sobre o aquecimento global, principalmente sobre o papel da intervenção humana, é muito mais um debate ideológico do que um debate científico é algo cada vez mais claro. Que nesse debate as posições tendam a extremar-se entre os defensores do aquecimento global como obra humana – normalmente gente de esquerda – e os negacionistas – normalmente gente de direita – existindo muito pouco espaço para dúvida, ou seja para uma abordagem científica, é apenas uma consequência da deslocação da discussão do campo científico, onde predomina a racionalidade, para o campo ideológico e inevitavelmente político, onde predomina a crença.
O paper «Emission budgets and pathways consistent with limiting warming to 1.5 °C» publicado há dias no nature geoscience por uma equipa internacional de 10 investigadores na maioria europeus, concluiu que, apesar de o aquecimento global ainda se estar a verificar, as previsões do aumento da temperatura global podem ter sido indevidamente exageradas, sendo ainda possível atingir o objectivo do Tratado de Paris de limitar o aumento da temperatura global «bem abaixo» de 2° C acima do nível pré-industrial.
Eu chamaria antes "dogma do não aquecimento global", senão vejamos:
ResponderEliminarA) Quem tenta tirar a discussão do âmbito científico são sobretudo os economistas, e artigos como este !
B) A comunidade científica está dividida sim senhor, mas na proporção 95:5
C) Não esquecer a história do tabaco vs. cancro, até há pouco tempo, 20 anos !
Oscar minimo.
ResponderEliminarNos anos 90 era mostrado aumentos de temperatura de 10ºC até 2015. Eu cá não vi nada disso.
95,5 são uma amostragem de 70 cientistas a uma questão do tipo, o CO2 está relacionado com o aquecimento global!
Como o post diz, ninguém o nega, apenas põe em causa o exagero.
Comparar com o tabaco, nunca vi ninguém a negar. deves estar equivocado.