Dando razão outra vez à crítica implícita (chapéu que Marcelo enfiou prontamente) de Cavaco Silva, que na circunstância disse algo com pertinência, o presidente dos Afectos, durante um passeio em Andorra à beira de uma ravina, note-se durante um passeio no estrangeiro, fez os seguintes comentários para a comitiva:
«Quem será a oposição ao Presidente que ama todos os portugueses? Não há oposição. Tem de ser alguém muito distraído. Com quotas de popularidade de 80 e tal por cento, tem de ser alguém muito distraído. (...)
Agora viramos à direita, coisa que eu em Portugal já não faço há algum tempo (...) De vez em quando faço, mas a direita não nota. Eu quando viro à direita em Portugal, a direita está distraída a bater na esquerda, não nota. Em vez de aproveitar, não nota.»É difícil de acreditar que que isto tenha sido dito por um presidente de uma República que não seja das Bananas. Por isso, confesso que hesitei entre citar MRS na série «ACREDITE SE QUISER» ou nesta colecção do DIÁRIO DE BORDO que lhe é dedicada.
Acredito que ele mantenha quotas de popularidade de 80 e tal por cento durante meses ou anos, enquanto durar o dinheiro dos credores e dos «ricos». Não acredito que essa popularidade resista à primeira crise ao virar da esquina e antecipo que, quando o Zé Povinho se sentir outra vez miserável, o maquiavelismo de pacotilha do «catavento de opiniões erráticas» não o salvará de uma impopularidade simétrica da popularidade de hoje.
Psicopata. psicopeta, psicopita ...
ResponderEliminarCoitado. Ninguém pode ir ao médico para ser tratado, se não quiser.