«Espreitando a biografias dos nossos governantes, constata-se que dos 18 ministros (incluindo o Primeiro), 12 são funcionários públicos, e aos restantes 6 pouca experiência empresarial se lhes conhece.
Convenhamos que é muito difícil para alguém a quem o emprego e o salário ao fim do mês foram sempre realidades imutáveis e sagradas perceber a ansiedade dos "portugueses", cuja vida depende em cada momento de um enorme conjunto de fatores que não controlam. (...)
Um governo insensível a esta realidade, porque a não conhece, entretém-se a impor normas e obrigações que exasperam quem as tem de cumprir e que minam a competitividade. (...)
E isto para já não falar dos poucos idiotas que um dia se lembram de fazer qualquer coisa, metendo o seu dinheirinho em qualquer negócio. O caso é logo configurado como um atentado pela miríade de "serviços públicos" (o nome só pode ser mesmo para gozar com o lorpa do cidadão) que acometem sobre o estúpido empreendedor todo o tipo de licenças, autorizações, inspeções, declarações, atestados e outra balística própria do léxico do funcionalismo.
O agravamento do fenómeno fica agora explicado ao escrutinar a origem profissional dos ministros.
Temos um Governo de funcionários públicos que derrota um país de "portugueses". Parabéns aos vencedores.»
«Portugueses, 0 - Funcionários públicos, 1», Isabel Stilwell no Negócios
Vaca marsupial pública
Tem mamas, mas não é um mamífero, muito menos uma vaca. É um gigantesco e dispendioso dispositivo de concessão de sinecuras, financiado pela extorsão duma classe de tansos chamados contribuintes. O marsúpio aloja no seu seio muitas dezenas de milhar de vitelos mamões, confortavelmente protegidos do estresse do mundo real, que produzem, com má cara e maus modos, uns vagos serviços caríssimos e de má qualidade.
... «uns vagos serviços» ...
ResponderEliminarE se ' sistema não tiver ido abaixo'...