05/07/2017

ARTIGO DEFUNTO: Se quisermos saber o que se passou em Tancos é melhor ler a imprensa espanhola

Uma espécie de continuação daquidalidacoládacoli e ainda deste post.

O chefe da tropa a afinar a pontaria
«Roubado o paiól de Portugal: guaritas vazias e soldados sem munição», titulou El País, um jornal espanhol de esquerda com um jornalismo profissional, ou seja bom, no género mau, em contraste com a maioria dos nossos, de esquerda com um jornalismo amadorístico e subserviente, ou seja maus no género mau.

Se o título arrasa a tropa lusitana e o seu chefe civil, o texto explica porquê.

«Como se provou, as deficiências da base de Tancos não eram segredo. Os assaltantes, mais de uma dúzia, leram o Diário da República, que em 19 de Junho abria um concurso para a reparação do lado norte, leste e sul da cerca pelo valor base de 316.000 euros. Para não haver dúvidas, os ladrões não entraram pelo oeste.

Chegaram com um caminhão, fizeram um buraco na cerca e foram em direcção a uma vintena de paióis, mas só entraram naqueles que tinham o material que precisavam (...). Certamente que em vossas casas levam mais tempo a encontrar os iogurtes no frigorífico. Eles tinham uma lista de compras, com a diferença de que tudo era grátis. (...)

Depois de se conhecer o Exército responsável por Tancos, se o Índice Global da Paz 2018 não atribuir o primeiro prémio a Portugal, será uma injustiça de pegar em armas.»

2 comentários:

  1. Mas que vergonha! Que escrita corrosiva, muito pior que VPV ou AG. O jornalista sabe pormenores que nós não sabemos, número de assaltantes e a entrada deles. Esta acto parece terrorista, não sei se não vai ser reivindicado?Este não foi um assalto de sucateiros ou vendedores de feira. É muito mais grave, continua a censura.

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  2. Merecemos este tom de desprezo chocarreiro, próprio de adultos referindo-se a crianças irresponsáveis.
    Mas no "El País" não sabem é que o "ministro", e o "governo", são rápidos e assertivos nas questões de "género", chamemos-lhe assim...
    Questões que envolvam armamento é que não, por favor ! - tudo aquilo é gente sensível, muito sensível...
    Corre por aí que ainda há gente que acredita ser isto um país...

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