05/06/2017
DIÁRIO DE BORDO: A lenda d'el Rei Dom Sebastião
A semana passada, João César das Neves na conferência "O mistério da Economia Portuguesa", durante a cerimónia de entrega do Prémio Carreira da Católica, enumerou não um mas vários mistérios e comparou a situação de Portugal nesta conjuntura plena de afectos e de boas notícias à de um doente com cancro (na circunstância, um processo de destruição de capital iniciado há décadas) que anda muito bem dispostinho.
A mim faz-me lembrar uma velha estória dos meus tempos da escola primária de uma criatura com um grave problema de diarreia persistente que o perseguia há anos, atormentando-lhe a psique e alimentando-lhe uma depressão crónica. Após inúmeras consultas sem sucesso a médicos especialistas, lamentou-se a um amigo que lhe recomendou um psicólogo conhecido.
Algum tempo depois, o amigo encontrou-o e, reparando no seu aspecto eufórico em contraste com o antigo semblante atormentado, perguntou-lhe se tinha resultado a consulta. Que sim, respondeu entusiasmado. Passou-te a diarreia? perguntou o amigo. Que não, respondeu a criatura. continuo com diarreia mas já não me importo.
A «minha» versão, contada por um Médico (meu Pai), não era com psicólogo; era com Valium, receitado pelo amigo, pois aquilo era dos nervos.
ResponderEliminarA resposta era mais prosaica: "Continuo a borrar-me mas não me importo".
Abraço