Continuação de (
I) e (
II) e
daqui.
O manifesto eleitoral do Partido Trabalhista tem tudo aquilo que se pode esperar de um manifesto eleitoral de uma sopa de radicais, desde os órfãos dos diversos marxismos até simplesmente lunáticos. Lá encontramos a dose habitual de nacionalizações dos caminhos de ferro, dos correios, da energia, do abastecimento de água, aumentos dos impostos de quase 50 mil milhões de libras (1/3 do PIB português), nomeadamente sobre as empresas, abolição das propinas das universidades, aumento da despesa pública em saúde e educação, e o incontornável aumento dos salários dos funcionários públicos - uma parte importante da sua clientela eleitoral - e até a adopção de um salário máximo correspondente a 20 vezes o salário mínimo.
O resultado praticamente certo é o naufrágio eleitoral do Partido Trabalhista, com grande gáudio de Theresa May que pode vir a ter a maior maioria das últimas décadas, o que a acontecer mostra o juízo e maturidade do eleitorado. Um resultado provável é a secessão do Partido Trabalhista com muitos deputados e outros militantes a criarem um novo partido ou a juntarem-se aos liberais-democratas.
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