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Recapitulação
Ao princípio era o verbo do Eng. José Sócrates: mais de um milhão de passageiros até 2015 e o investimento seria recuperado nos 10 anos seguintes. Era o multiplicador socialista a funcionar de acordo com o estudo «Plano Regional de Inovação do Alentejo» da autoria de Augusto Mateus – um ex-ministro socialista da Economia do 1.º governo de Guterres que nos últimos tempos tem tentado sacudir a água do capote dos seus estudos «multiplicativos».
Novos desenvolvimentos
O Observador escreveu o que já se estava cansado de saber: «o aeroporto de Beja, que custou 33 milhões de euros e foi inaugurado há seis anos, serve quase só para estacionamento e manutenção de linha de aviões».
Curiosamente não se faz qualquer alusão à «unidade de desmantelamento de aviões» o que me deixa triste porque é mais uma previsão que pensava ter acertado e falhei.
Para compensar, no segundo novo desenvolvimento não falhei. Trata-se da evolução do espírito inquieto de Augusto Mateus, de quem aqui tracei um retrato à la minute. Pois bem, o emérito economista em entrevista ao Expresso diz várias coisas de que é difícil discordar e, num inesperado flic-flac, só acessível a uma mente muito flexível, concede que «temos de ter a coragem de dizer não a muitos projectos» porque «só se devem apoiar projectos que trazem algo de verdadeiramente importante em matérias de reestruturação e reorientação da economia portuguesa». É algo de surpreendente para quem escreveu no estudo «Plano Regional de Inovação do Alentejo» da sua autoria que o aeroporto de Beja iria constituir uma «plataforma logística para a carga a receber e a expedir de/para a América e África, incluído o transporte de peixe, utilizando aviões de grande porte e executando em Beja o transhipment para aviões menores para a ligação com os aeroportos europeus».
Que grandes filhos da puta!
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