Outras preces.
«O que é bom para a Caixa é bom para todo o sistema financeiro», escreveu o Económico sobre o que Marcelo terá dito, ou não. Ou não? Sim porque os factos alternativos e a pós-verdade não foram inventados por Trump e muito menos pela sua assessora para a treta Kellyanne Conway. Como já recordei, Trump é, pelo menos a este respeito, um copycat, um imitador barato das melhores mentes da esquerdalhada que andam nisso desde os anos 20, esforçadamente imitados pela esquerdalhada moderna e pós-moderna.
Mas vamos supor que sim, que o presidente dos Afectos disse também o que escreveram que ele disse (ele diz tanta coisa que, na dúvida, é melhor apostar que sim). Se o disse, considerando que todos os contribuintes são accionistas das empresas públicas e no caso dele, além de accionista, andou a rebolar com grande gáudio na pocilga da Caixa, Marcelo é também um copycat, neste caso de Charles Erwin Wilson, secretário da Defesa de Eisenhower em 1953.
De facto (alternativo), o presidente Marcelo ao dizer «bom para todo o sistema financeiro» tinha certamente implícito que se é «bom para todo o sistema financeiro» é bom para Portugal, e (pós-verdade) vice-versa. Assim, não fez mais do que imitar Wilson, accionista à época da General Motors, e antes disso seu presidente executivo, quando questionado pela comissão de Defesa do Senado sobre os potenciais conflitos de interesse, respondeu com a maior ingenuidade «what was good for the country was good for General Motors and vice versa».
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