Este post poderia ser uma espécie de continuação de «A Escócia à luz da tudologia» (1) e (2).
Com fundamento no facto de o Brexit ter alterado significativamente os pressupostos do referendo de 2014, a primeira-ministra e líder do SNP Nicola Sturgeon anunciou que pretende referendar de novo a independência da Escócia, depois de o primeiro referendo a ter rejeitado.
Não se sabe muito bem se o SNP e Nicola Sturgeon pretendem mesmo a independência ou apenas querem animar a sua base eleitoral e marcar uma posição negocial mais forte face ao governo de Theresa May. De facto, com os preços do petróleo ao nível de 40% dos preços considerados no orçamento escocês US$113), nível a que metade da produção é economicamente inviável, os ímpetos independentistas deparam com a séria consequência indesejada de não poder contar com o fluxo de dinheiro do orçamento inglês que sustenta o «Estado Social» escocês que custa mais £ 1.300 por pessoa e ano do que a média no Reino Unido.
Um referendo à independência da Escócia, que aliás tem de te ser previamente aprovado por Westminster, ou da independência da Madeira ou dos Açores ou de qualquer outra região subsidiada por um governo central com o dinheiro dos contribuintes de outras regiões é uma espécie de bomba atómica que perde o seu poder dissuasor uma vez usada.
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