«Dado que Portugal não tem moeda própria, a única função do Banco de Portugal é a regulação e supervisão do sistema bancário. O Banco de Portugal tem 1700 funcionários, quatro vezes mais que o Banco Central da Suécia, que, lembre-se, tem de gerir a sua moeda, a coroa sueca.»
Treze anos depois, o BdeP compra um terreno nas Laranjeiras onde, segundo os jornais, irá construir um mausoléu para alojar 1.500 funcionários vindos de diversas outras campas: Almirante Reis (800 corpos), Castilho (500 corpos) e República (200 corpos). Manterá a sede na Baixa onde se manterão uns 500 corpos que perfazem um total de 2.000, mais 18% do que há treze anos.
Em contrapartida, segundo o Expresso, nos 19 países da Zona Euro entre 1999 e 2016 os efectivos totais dos bancos centrais desceram de 59.790 para 46.896 funcionários, uma redução de 21,6%.
Não obstante a redução do âmbito da sua missão e o aumento dos efectivos, ou talvez por isso mesmo, ao BdeP, responsável pela supervisão dos bancos portugueses, passou-lhe ao lado a bancarrota que atingiu quatro deles (BPN, BPP, BES e Banif) e só tardiamente impôs aos restantes o cumprimento dos rácios mínimos.
(Inspirado no Armour & Co.'s General Office, Chicago, 1900, foto adaptada do Early Office Museum) |
O BdeP é, segundo as luminárias do regime, uma das instituições mais prestigiadas, se não mesmo a mais prestigiada, do regime. De onde surge a dúvida cartesiana, como serão as outras instituições do regime menos prestigiadas?
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