O governo socialista, para quem o investimento público costumava ser o alfa e ómega de toda a governação, com as consequências conhecidas, a par de várias outras medidas extraordinárias para atingir o défice de 2,3%, cortou o ano passado ao investimento público orçamentado mais de 900 milhões de euros, pelo que este acabou por ser inferior em mais de 400 milhões ao do governo «neoliberal" em 2015. Este plano quinquenal de 180 milhões representará em 5 (cinco) anos menos de 20% do corte do investimento público em 2016 ou, em média anual, menos de 4%.
A montanha de manipulação e aldrabice pariu um rato de impacto na economia.
Aditamento:
Já depois de publicado este post, ocorreu-me, a propósito das tretas de Costa ao emplumar-se com o anúncio de um investimentozeco, depois de ter cortado mais de 900 milhões ao investimento orçamentado para 2016, a estória da autoestrada mexicana que contei há uns anos. Aqui vai ela outra vez:
A estória é a de uma auto-estrada que o governo mexicano teria inaugurado com pompa e circunstância pelo facto de dispor de 3 faixas, embora estreitíssimas. As faixas, de tão estreitas, originaram inúmeros acidentes, forçando o governo passado pouco tempo a reduzi-las para duas, com o argumento que da redução de pouco mais de trinta por cento do número de faixas resultaria um maior acréscimo de segurança. Talvez o resultado tivesse sido mais segurança, mas o que resultou, sem margem para dúvidas, foram enormes engarrafamentos que levaram o governo a voltar ao número original de faixas anunciando entusiasticamente que o número de faixas iria ser aumentado de cinquenta por cento.
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