Era uma vez um grupo de investidores que comprou gato por lebre (papel de um GES falido) aos balcões do banco dos Espírito Santo, os banqueiros do regime e amigos do eng. Sócrates. Depois de vários protestos e indignações, esses investidores vão receber dos contribuintes, por extorsão perpetrada pela geringonça, uma parte do dinheiro que investiram: 30% já no próximo ano e o resto em prestações até 75% dos montantes com um limite de 250 mil euros, ou 50% para quem investiu mais de 500 mil. Tudo por junto, somará uma bela maquia - 280 milhões parte dos 432 milhões de papel comercial da Espírito Santo International e da Rioforte vendido aos balcões do banco BES.
No futuro, caro investidor, já sabe. Aplique as suas poupanças em qualquer merda e, se der merda (as aplicações em merda costumam dar merda), indigne-se, manifeste-se e, se a geringonça ainda estiver por aí, inscreva-se numa associação de lesados da merda e exija que a geringonça exturca aos contribuintes os montantes perdidos por comprar merda.
Comprovando as notáveis competências de engenharia orçamental, os técnicos da geringonça conseguiram uma solução que não afecta o défice. Afectar, afecta, mas só se dá por isso mais tarde, talvez só quando Costa já estiver a frequentar SciencePo na rue Saint-Guillaume do Septième arrondissement onde andou o seu antecessor José Sócrates.
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