O governo decidiu entregar à Câmara de Lisboa a Carris ficando os mais de 800 milhões do seu passivo como dívida do Estado, ou seja para ser paga pelos contribuintes desde Melgaço a Vila Real de Santo António, a maioria esmagadora dos quais não se senta num eléctrico ou autocarro alfacinha.
Entretanto, não se sabe quem paga os swaps que rebentaram nas mãos da Carris, não se conhecem as contas de 2015 e o regulador AMT não foi consultado. Admirado? Lembremos a divisa socialista L'État, c'est nous.
Na ocasião, enquanto Fernando Medina anunciava 60 milhões de investimento na compra de autocarros, Costa produzia a seguinte amostra do melhor do pensamento socialista: «Esta empresa não deve ser um produto financeiro. Deve prestar um serviço público. Antes, tinha de produzir EBITDAS, e não transportar pessoas. Mas a função primeira é de ser uma empresa para servir as pessoas. A natureza pública garante que a função não é desvirtuada»
O que escreveram o Blasfémias e o Insurgente sobre o tema dispensa-me de gastar mais latim. Ide a eles.
Sem comentários:
Enviar um comentário