12/10/2016

A maldição da tabuada (40) - Não saber a tabuada nunca foi uma desculpa para errar as contas (VIII)

Episódios anteriores (I), (II), (III), (IV), (V), (VI) e (VII)

A «Curta», assim se chamava o zingarelho concebido por Curt Herzstark, que o terminou no campo de concentração de Buchenwald, começou a ser produzida depois do final da II Guerra e tornou-se uma das calculadoras mecânicas mais populares até aos anos 70.


Os números eram introduzidos nas lâminas laterais e a alavanca no topo permitir adicionar, subtrair, multiplicar e dividir, isto é tudo quanto precisa um governo socialista: adicionar mais dependentes ao Estado, subtrair aos sujeitos passivos e dividir pelos beneficiários do Estado Sucial.

E a multiplicação? perguntareis. Serve para considerar o efeito multiplicador. Exemplo clássico: o estudo de Marvão Pereira e Miguel Andraz («O impacto do investimento público na economia portuguesa»), onde os autores concluíram que «o investimento público de um Euro conduz, no longo prazo, ao aumento do produto em cerca de 9,5 euros, a receitas fiscais 3,3 vezes superiores, ao aumento do investimento privado em 8,1 euros e à criação de 230 novos empregos».

E onde pára o resultado da multiplicação? perguntareis, abusando da minha paciência. É uma pergunta impertinente e só por isso respondo: o resultado da multiplicação foi sendo adicionado à dívida pública até atingir a bela soma de 243,3 mil milhões em Agosto que, se Deus quiser, chegarão, não tardará, à conta redonda de 250 mil milhões.

Sem comentários:

Enviar um comentário