Pergunta-se num email de «anteVisão» enviado a propósito do próximo número da Visão dedicada às plataformas de petróleo no Algarve, «estamos mesmo preparados para vir a conviver, em breve, com as plataformas de petróleo e gás natural?», pergunta que nunca foi feita aos que por esse mundo fora convivem com as plataformas para nos venderem o combustível com que circulamos nas nossas briosas auto-estradas, cozinhamos as nossas comidinhas e aquecemos as nossas casinhas.
A acrescentar à pergunta inspirada no princípio NIMBY (Not In My Back Yard), muito do gosto das luminárias solidárias com o resto do mundo, incentiva-se o leitor a perceber «os malefícios ambientais da obsoleta técnica de fraturação hidráulica (fracking)». Dando de barato os malefícios ambientais do fracking, que nada faz crer sejam mais maléficos do que os da extracção pelos processos convencionais em terra e no mar, chamar obsoleta a uma técnica que em termos operacionais foi a última a ser usada intensivamente é menos adequado do que chamar obsoleta à jornalista que escreve tais dislates.
Penso de boa gestáo criar uma classe de jornalista mais especifico do que o tudologo : seria o parciologo - só escrevia de coisas que sabe. E era mais formativo, menos tarolo e aumentava a auto consciencia da ignorancia.
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