O ministro do Planeamento e das Infraestruturas da geringonça anunciou a redução de 15% nas portagens de algumas auto-estradas escolhidas por «critérios de convergência económica e coesão territorial». Passando por cima de saber como se converge ou se aumenta a coesão ou, para usar as palavras do ministro, como com um desconto de 15% nas portagens se consegue «apoiar o desenvolvimento do Interior, a fixação de emprego, a fixação de empresas e (…) a mobilidade das populações», resta traduzir coisa em português corrente.
Em português corrente, isso significa que o governo decidiu que 15% dos custos de utilização dessas auto-estradas irão ser pagos por quem nelas não circula.
Seguindo o mesmo princípio do utilizador-não pagador, a oposição não se ficou atrás e o PSD, classificando como «simbólica» a redução de 15%, propôs suprimir as portagens da via do Infante durante as obras na EN 125. É mais um exemplo da doutrina MAD (Mutual Assured Distraction.
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