27/07/2016

A mentira como política oficial (17) - A farsa das sanções e a lição de manipulação de Costa

Recordando o que escrevi na Crónica da anunciada avaria irreparável da geringonça (35):
E o que dizer da farsa da cruzada anti-sanções por défices excessivos? Presidente Marcelo em Berlim, governo a convocar 27 embaixadores, chuva de resoluções no Parlamento, dramatização da coisa, jornalistas de causas a encheram páginas (leia-se o Expresso do fim de sábado a este respeito uma espécie de folha oficial)... quando todos já perceberam que Bruxelas não vai fazer agora o que nunca fez e no final o governo aparecerá a capitalizar como «bater o pé» a pusilanimidade de Bruxelas. É uma lição de marketing político, a única área de competência de Costa e do governo onde, reconheça-se, Passos Coelho e o seu governo falharam em toda a linha.
Depois de meses do folhetim das sanções, ainda ontem Costa dizia que a situação «aparentemente não está muito simpática», dramatizando para criar um clima de suspense com a cooperação esforçada de toda a maquinaria de manipulação instalada nos mídia. Hoje, claro, soube-se o que desde sempre se soubera: não há multa.

Laureado com esta «vitória» sobre as forças austeritárias, revigorado perante comunistas e berloquistas, Costa ganhou mais um tempo antes de ser derrotado pela realidade que não se impressiona com folhetins. Merece as duas coisas. Quem não merece é o país, ou pelo menos os 44,2% dos eleitores que não têm intenção de votar num dos partidos da geringonça.

2 comentários:

  1. Acendam uma velinha a Madrid.
    Tudo o resto é nada.

    ResponderEliminar
  2. A campanha devia estar a ser montada, com um fito determinado que medias on line (Abril) ainda hoje reproduzem a argumentação da geringonça como se ainda não tivesse havido o desfazer da vitimização.
    Assusta ver repetir 2010 com os mesmos leads.E não é que as massa aplaudem representação tão repetida?

    ResponderEliminar