Recordam-se do ex-primeiro-ministro Passos Coelho ter sugerido aos professores portugueses sem emprego que olhassem «para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa»? Na altura isso foi muito mal recebido pelos professores que criaram desde logo um Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados e convidaram Passos Coelho a emigrar.
O actual primeiro-ministro Dr. António Costa disse em Paris, durante os eventos promovidos em conjunto com o ex-comentador e actual presidente professor Marcelo, algo parecido: «é também uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui, mas é também um grande desafio para a nossa tecnologia e para a capacidade de fomentar o ensino à distância».
Surpreendentemente, o Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados, defunto desde então, assim permaneceu. Outras agremiações como a Fenprof correram a aplaudir o Dr. Costa e não o convidaram a emigrar, apesar de ele já se ter posto a jeito em Paris.
Saudemos esta deriva realista da salada socialista do Dr. Costa com o comunismo do Sr. Jerónimo e temperada com o esquerdismo politicamente correcto da Dr. Catarina.
Recomendação:
Correi e ide ver os vídeos evocativos das reacções do presidente-comentador Marcelo na sua encarnação em que era só comentador, do poeta Alegre e de Mário Nogueira, o controleiro da Fenprof, à exortação à emigração dos professores.
Isto está aberta e claramente feio. Os ratos começam a abandonar o navio.
ResponderEliminarVala mesmo a pena ver/ouvir os vídeos no Insurgente.