19/04/2016

Estado empreendedor (99) – Ainda a pesada herança do socratismo

Metade da frota da Transtejo e da Soflusa está parada, avariada ou sem certificado de navigabilidade, incluindo dois ferries encomendados à Navalria em 2010 com defeitos de construção resultantes da falta de conhecimento e experiência desta empresa.

Já agora, quem é Navalria? É uma pequena empresa de construção naval comprada pela Martifer em 2008 no mesmo ano em que ganhou o concurso público para a construção dos ferries. E, se não for perguntar demasiado, quem é a Martifer? É a metalúrgica do regime, uma empresa dos irmãos Martins, em tempos um dos exemplos de sucesso de José Sócrates e uma das meninas dos olhos do jornalismo promocional (exemplo: o pastorinho da economia dos amanhãs que cantam, Nicolau Santos), que em estado desesperado quase falida foi acolhida em 2007 pela Mota-Engil, a construtora mais emblemática do regime, de que foi presidente executivo Jorge Coelho.

Estamos, portanto, perante mais uma sequela do complexo político-empresarial socialista montado por José Sócrates. Não, não é falta de sorte. É inerente e intrínseco ao sistema.

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