Esta semana tivemos a continuação de duas das novelas com que a geringonça se tem enovelado.
Percebe-se agora melhor porque a esquerdalhada mais patusca insiste em chamar à TAP uma «companhia de bandeira». Só esta semana a TAP já serviu de bandeira ao chefe da geringonça e ao socialite portuense metamorfoseado de socialista autárquico que deram as mãos numa estratégia win-win-lose (será preciso explicar a quem cabe por sorte o terceiro termo?).
Numa campanha, ao melhor estilo trauliteiro, talvez inspirado no presidente Pinto da Costa, Rui Moreira foi desenterrar num panfleto a compra da Portugália para acusar a TAP de a «desfazer». Podia ter aproveitado para nos explicar porque diabo foi a companhia de bandeira comprar ao GES há 7 anos, em pleno consolado Sócrates, quando a TAP já tinha uma montanha de dívida (e o GES também, mas naquela altura ainda ninguém tinha dado por isso), um operador de vão-de-escada que nada lhe acrescentou.
A propósito, revejam-se os posts sob a etiqueta TAP e, em particular, a série «there is no such thing as flag carrier»).
O outro tema em destaque na agenda da geringonça continuou a ser o OE 2016 que depois de uma errata de 46-páginas-46 ainda teve direito a uma nota explicativa. Apesar da errata e da nota explicativa, ainda seria necessária uma segunda errata para corrigir a estimativa da carga fiscal que não se reduziu, nem se manteve, mas aumentou, como aqui mostra o prof. João Duque «usando os dados do PIB publicados pelo INE e os dados do Orçamento sobre o seu crescimento»,
Ainda a respeito da carga fiscal, releve-se que numa só semana Mário Centeno recorreu por duas vezes ao que o Impertinente baptizou de princípio de Kahn. A primeira para re-baptizar (cá está uma vez mais a re-governação) «austeridade» chamando-lhe «restrição» e a segunda criando «o conceito novo» de carga fiscal que, pelos vistos, o prof. João Duque ainda não teve tempo de estudar.
Apesar de todas as trapalhadas que têm rodeado a preparação
E se a UTAO não está convencida, falta de convencimento que Costa não hesitará, se for preciso, em justificar com uma qualquer teoria da conspiração, mais difícil de explicar com tais teorias é aviso muito claro do trabalhista holandês Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, afinal um correlegionário de Costa: «como sabem Portugal saiu do programa (de resgate) sem quaisquer garantias em termos de linhas de crédito»,
Com tudo isso, a geringonça lá se vai aguentando, com o PCP a ver a sua base eleitoral a derreter-se e o BE a avisar o governo de Costa para não se esconder atrás de Bruxelas.
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