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Financial Times |
Já havia a «
exception française» que os franceses inventaram para justificar aos olhos do resto do mundo as consequências do seu pendor «
dirigiste» e do seu entranhado desvelo por «
l’État». Temos agora
The British exception, de pendor liberalizante, que o primeiro-ministro David Cameron – maldosamente alcunhado pelos seus detractores de «
Chamaleon» - conseguiu impingir aos seus pares sob duas ameaças: uma imediata (não os deixar ir dormir ontem à noite), outra a prazo (Brexit).
A
British exception consiste essencialmente em três garantias que os outros 27 lhe deram: isenção do compromisso de construção de uma «
união cada vez mais estreita»; não discriminação pelos países da Zona Euro e limitação dos benefícios sociais dos emigrantes.
Se os 27 tivessem juízo ter-se-iam concedido a si próprios as mesmas garantias e começariam gradualmente a involuir para uma zona de livre circulação de capitais, bens, serviços e pessoas.
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