Foi com o título acima que Nicolau Santos, o nosso pastorinho favorito da economia dos amanhãs que eram para cantar e choraram e ele acham vão voltar a cantar, escreveu um texto no Expresso Diário de que respigo os dois primeiros parágrafos que evidenciam a surpresa e o desgosto da criatura perante o desinteresse dos opinion dealers pelo POP.
«O ministro das Finanças apresentou hoje o Plano Orçamental Português. E a avaliar pelo desinteresse dos jornalistas de topo da área económica ou já decidiram que o documento não serve para nada ou não concordam com as atuais orientações da política económica.
Sou jornalista há 35 anos e se não vi a apresentação de todos os Orçamentos do Estado desde que comecei a trabalhar, seguramente que assisti a mais de 25. E não me lembro de ver o Salão Nobre das Finanças tão despido de colegas da comunicação social e tão ausente dos pesos-pesados desse mesmo jornalismo como hoje. Ao contrário, durante a fase de Vítor Gaspar e de Maria Luís Albuquerque a sala tinha sempre lotação esgotada. Mas também é verdade que este não é ainda o Orçamento do Estado para 2016.»
Em socorro do pastorinho, para mitigar a sua angústia, avanço com algumas explicações possíveis para o desinteresse:
- Estão absorvidos pelas presidenciais;
- Foram de fim-de-semana mais cedo;
- Bruxelas vai mandar a coisa para trás;
- Ninguém acredita no orçamento, é só uma formalidade;
- Seja como for, não vai ser cumprido.
Artur Baptista da Silva nunca desilude...
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