Outros purgatórios a caminho dos infernos.
Contrariando o quase blackout que o jornalismo de causas impõe ao purgatório grego a caminho do inferno, venho aqui dar testemunho (uma formulação ajustada ao tema do caminho do purgatório para o inferno) de que o governo Syriza-Anel depois de ter feito voz grossa à troika, perdão às instituições, recusando-se a aceitar os cortes propostos nas pensões, dispôs-se ele próprio a propor à troika, perdão às instituições, cortes crescentes de 15% a partir de 750 euros e até 30% para os rendimentos mais altos.
Recorde-se que a pensão média na Grécia era de 1.480 euros em 2010 (mais de quatro vezes a média portuguesa) e é agora, antes dos novos cortes, de 863 euros, apesar de tudo mais do dobro da média portuguesa.
Estranhamente, não se escutam gritos de indignação dos nossos esquerdalhos que tanto prezam o Syriza.
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