[Outros surtos: aqui e acoli]
«Lendo o acordo, compreende-se por que razão o PCP o assinou: para, através dele, garantir ou readquirir a manutenção da influência da CGTP no sector público empresarial e, em especial, no crucial sector dos transportes públicos - o exército privado da CGTP e do PCP. António Costa, certamente ciente do que fazia, deu-lhes de bandeja o recuo nas privatizações, a garantia do pagamento da continuada ruína dos transportes públicos e até o regresso de indecentes privilégios que mesmo o TC tinha deixado extinguir, como a "reposição integral" do complemento de reforma nas empresas estatais, que pode chegar a 70% da pensão normal. Assim se garante a disponibilidade de uma tropa capaz de paralisar o país quando quer e assim se garante a morte à nascença de qualquer tímida tentativa de reformar a administração pública. Coisa que, aliás, nunca esteve nos planos de Costa. O seu plano é outro: chegar ao poder a qualquer preço, e o país que aguente. Quanto ao histórico PS, terá, mais tarde ou mais cedo, o que mereceu.»
Miguel Sousa Tavares na sua crónica no Expresso
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