13/11/2015

SERVIÇO PÚBLICO: o défice de memória (15)

(Uma espécie de continuação da saga de Teixeira dos Santos)

No princípio de Setembro, Mário Centeno, o Futuro Ministro das Finanças de Portugal, considerava que atingir a meta do défice deste ano «não é verosímil dado o que temos estado a observar na execução orçamental, nem em termos da despesa, nem em termos da receita» porque «impõem sobre défice do segundo semestre um esforço absolutamente titânico para se cumprir os 2,7%».

Dois meses e meio depois, já a caminho do Terreiro do Paço, em entrevista à Renascença, Centeno disse a Henrique Monteiro, que o revelou no Expresso da Manhã, esperar um défice de 3% este ano. É certo que 3% não é o mesmo de 2,7%, contudo, considerando que não estamos no domínio da física atómica e o seu antecessor e correligionário Teixeira dos Santos ter falhado estrondosamente todos os défices, nomeadamente o de 2009 que começou em 2,2% e acabou em 10,0%, não deveria Mário Centeno admitir que falhando até as suas previsões avant la lettre dos défices alheios seria melhor a nação preparar-se para a repetição da tradição socialista nos défices próprios?


Entretanto, tirando partido do Facebook tele-evangelista, recapitulemos o «momento Zen» de Centeno onde já são visíveis as suas dificuldades com os números.

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