«Uma coisa é dizer que todos os muçulmanos são potenciais terroristas, outra coisa é recusar ver ligações entre os grupos terroristas e o Islão. A primeira é um excesso de raiva, a segunda é um excesso de cobardia que dura há quinze anos. É claro que existe relação entre o terrorismo islamita e o Islão, até porque Maomé, ao invés de Jesus ou Buda, foi um líder militar que matou com as próprias mãos. Mas não é este islamismo wahhabita ou qutbista uma versão truncada do Islão? Vamos assumir que sim. Seja como for, é uma versão considerada legítima por uma parte considerável das populações muçulmanas. Não é por acaso que o mundo muçulmano está em guerra em todas as suas fronteiras, ataca Paris e Mumbai, mata crianças na Nigéria, mata universitários no Quénia, mata tudo no Paquistão. Se a memória não me falha, dos dez maiores grupos terroristas do mundo só dois não têm filiação islamita. É no Islão que encontramos o maior quinhão de impulsos antidemocráticos, anti-gays, anti-mulheres, anti-ciência e, acima de tudo, anti-liberdade religiosa de outras pessoas. Erigir uma igreja nas arábias é como desafiar a lei da gravidade.»
Henrique Raposo no Expresso
Sem comentários:
Enviar um comentário