Depois de anos a publicar estatísticas de causas, o governo de Maduro deixou há meses de as publicar de todo. Segundo o FMI, este ano a inflação atingirá quase 200% (Mario «what ever it takes» Dragui bem poderia enviar uma missão à Venezuela para aprender como acabar com a deflação) e o PIB cairá 10%.
As importações caíram mais de 40% em 3 anos. Não admira pois que popularidade de Maduro esteja tão em falta como o papel higiénico, o que de resto não desencoraja o sucessor do coronel de governar porque, segundo ele, a revolução triunfará «como sea». Para já o governo ajeitou as circunscrições eleitorais de modo a mais de metade do eleitorado em zonas urbanas maioritariamente desafecto do regime chávista eleger apenas 64 deputados, enquanto os restantes elegerão 100.
À cautela, para o caso do ajeitamento não ser suficiente, o governo impediu sete líderes da oposição de se candidatarem e os tribunais ao seu serviço condenaram o oposicionista mais popular a 14 anos de prisão com uma acusação forjada – confessada por um dos procuradores que entretanto fugiu do paraíso bolivariano.
Em desespero, se todos os expedientes não resultarem, Nicolás Maduro está disposto a «governar com o povo», isto é ignorar o parlamento e abdicar da camuflagem que esconde uma ditadura de facto.
(Fonte: «By hook or by crook»)
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