Um extraordinário exemplo dessa doutrina é-nos dado, uma vez mais, por Pacheco Pereira no seu programa Quadratura do Círculo na SIC Notícias, um púlpito onde rumina semanalmente os seus ressabiamentos e promove os factótuns que ele espera espalhem a sua palavra aos néscios, quando diz:
«Acho que a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa se fosse num país a sério seria condenável por ter analisado e discutido na TVI durante anos.»Como aqui escreve Helena Matos, o Pacheco Pereira que diz tais coisas, não parecendo, é o mesmo Pacheco Pereira que disponibilizou a António Costa tempo de antena no seu programa, ajudando-o a enxotar Seguro e a candidatar-se ao seu lugar de secretário-geral do PS. É igualmente o mesmo Pacheco Pereira que apontando uma «mancha ética» a Marcelo Rebelo de Sousa o acusa de ser uma das pessoas que «mais influenciou a comunicação social», enquanto ele próprio «tem dois programas na SIC, uma página de opinião na Sábado e outra no PÚBLICO», sem mais do que uma fracção da influência de MRS, acrescento eu.
Declaração de interesse:
O que penso de MRS está bem patente nas dezenas de posts que lhe tenho dedicado nos últimos anos os quais podem ser sumarizadas em duas qualificações: catavento e picareta falante.
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