21/10/2015

DIÁRIO DE BORDO: Disparates do mundo (2)

«Os socialistas e a maioria dos reformadores sociais dessa cor têm uma consciência muito nítida da linha que separa o tipo de coisas que dizem respeito ao Estado do tipo de coisas que dizem respeito ao mero caos ou à natureza incoercível; podem obrigar as crianças a ir para a escola antes do nascer do sol, mas não empreendem obrigar o sol a nascer; não se dedicam, como Canuto, a proibir o mar, mas proíbem os banhos de mar. Dentro dos contornos do Estado, porém, as linhas baralham-se e as entidades confundem-se umas com as outras. Estes homens não dispõem de instinto firme que lhes permita distinguir as coisas que são, pela sua própria natureza, privadas das que são públicas; as coisas que são necessariamente presas das que são livres. É por isso que, a pouco e pouco e de forma quase silenciosa, o cidadão vai sendo privado das suas liberdades pessoais.»

G. K. Chesterton

1 comentário:

  1. Chesterton tinha, ao que parece, "todo en su sitio":
    Desde a mioleira aos tomates.

    Vale a pena habituar-nos a lê-lo. Mas não há boas traduções para a obra de um homem que escrevia de um modo complexo. Se puderem lerem em Inglês, logo sentem.

    Abraços

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