Outros purgatórios a caminho dos infernos.
Infelizmente, as piores previsões que tenho vindo a fazer nesta série de posts, que já vai no seu 38.º, têm-se vindo verificar no essencial. No último post escrevi que o saco de gatos do Syriza está a romper-se e que Tsipras ao forçar novas eleições provavelmente ganharia mas teria de se coligar de novo com a extrema-direita do Anel ou com a Nova Democracia. A realidade parece estar a ultrapassar a previsão.
A popularidade de Alexis Tsipras, que já foi da ordem dos 70% de aprovação em Março, tem vindo a descer e, segundo uma sondagem de há dias, está em menos de 30%. Nesta 4.ª feira uma outra sondagem revela que a vantagem do Syriza para a Nova Democracia é agora de apenas 0,4% (no domingo era de 1,5% e nas eleições de Janeiro foi de 8,5%).
Imagine-se um novo governo de coligação a fazer o contrário do que o governo anterior tinha prometido no contexto de uma mais que duvidosa tolerância do povo grego para suportar uma disciplina financeira mais dura do que a anterior e de uma tolerância ainda mais duvidosa dos governos da Zona Euro, sob pressão dos seus eleitorados e da premência de encontrar soluções para o problema do afluxo de refugiados (a maioria são imigrantes e não refugiados, no sentido das convenções de Genebra).
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