Não porque esperasse, como disse Joaquim Letria ao Expresso, que teria «tanto interesse como ver o Arouca-Tondela», mas porque costumo sentir-me desconfortável com o grau de demagogia que se pode esperar de uma coisa destas numa altura destas.
Não me orgulho disso, nem é por diletantismo. Julgo que estes debates só são úteis aos eleitores indecisos e se um eleitor está indeciso depois de tudo o que se passou nos últimos 10 anos, para não recuar mais, é muito provável que sofra de um défice cognitivo. Por isso, estando os debates orientados para os espectadores com défice cognitivo não serão muito interessantes para os normais.
É claro que um debate poderia ser interessante de outros pontos de vista. Por exemplo, como arte performativa, como agora se diz, uma espécie de teatro ou, melhor, circo. Nesse caso poderiam contar comigo se algum dos intervenientes fosse assim como uma Sarah Bernhardt, a Divina, com o génio capaz de empolgar uma plateia ainda que lesse uma lista telefónica, dizia-se.
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