Outras dissecações: (1), (2) e (3)
Há uns 6 anos o Pertinente interrogou-se se José Sócrates seria um mitómano delirante ou simplesmente um vendedor de banha-de-cobra. À época eu não via o querido líder como um mentiroso compulsivo mas apenas um vendedor de banha-de-cobra, isto é mentiroso utilitário, e nessa convicção publiquei nos últimos 10 anos um bom número de posts onde as palavras Sócrates e mentira aparecem juntas. Gradualmente fui percebendo a compulsividade da mentira que ficou mais transparente depois da prisão.
A nossa intelligentsia, sempre fascinada com líderes fortes, ainda hoje tem dificuldades a descolar-se do animal feroz - há casos do domínio patológico como Miguel Sousa Tavares e Clara Ferreira Alves. Mesmo uma rebelde (muitas vezes sem causa) como Filomena Mónica tardou. Tardou mas arrecadou com um artigo no Expresso com o título «Será Sócrates mitómano?» onde a novidade foi a sua conclusão de que a criatura «não só não havia apresentado a tese como, muito menos, a defendera perante um júri académico». Surpresa? Nem por isso. É apenas mais do mesmo que vimos no passado da criatura.
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