28/07/2015

ESTÓRIA E MORAL: Nicolau, Passos e o argueiro

Estória

Como é sabido dos leitores habituais do (Im)pertinências, Nicolau Santos, um dos mais notórios pastorinhos da economia dos amanhãs que cantam, é também um dos nossos jornalistas de causas preferidos. Não nos poupamos a relevar os suas inúmeras produções teóricas (por exemplo, no inesquecível caso Baptista da Silva) e a sua proverbial independência. Ficamos agora obrigados a fazê-lo outra vez, depois da leitura do Expresso Curto de 2.ª feira – uma imitação barata do Espresso da Economist  – onde Nicolau se atira a Passos Coelho pelas suas «mudanças de posição». Não, não é engano, ele escreve mesmo sobre Passos Coelho e não sobre Costa, por muito que os mal-intencionados associem o Futuro Ministro de Portugal à expressão «mudanças de posição».

Se, por um lado, Nicolau Santos aponta as «mudanças de posição», por outro a sua independência não o impede de sublinhar que Coelho «até agora deu qualquer sinal de que vai alterar um milímetro que seja as políticas que tem vindo a seguir». De onde, como disseram, «Einstein, ou Benjamin Franklin, ou Rita Mae Brown (é escolher porque não há a certeza de quem a disse), “fazer todos os dias as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é a maior prova de insanidade”».

Não posso estar mais de acordo e se Nicolau dá o exemplo de Passos, eu dou o exemplo de Nicolau que, esperando resultados diferentes das mesmas coisas, anda há 4 anos a zurzir Passos por não adoptar as políticas de Sócrates, as quais, segundo ele, nos salvariam do calvário da austeridade, mas que, segundo vários outros onde me incluo, nos conduziram à bancarrota que nos trouxe o calvário.

Moral

«Ver um argueiro no olho do vizinho e não ver uma tranca no seu

2 comentários:

  1. É um dos tudologos de maior brilho, tal como MST.

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  2. Falta saber se ele diz argüeiro ou argueiro (olhe a grafia com trema, sff).

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