«Os "cofres cheios" só servem de almofada transitória. Não resistem a uma crise prolongada caso os mercados apostem na saída de Portugal do euro», escreveu Teixeira dos Santos o ex-ministro das Finanças de José Sócrates durante 6 anos.
Recorde-se que quando Teixeira dos Santos fez o telefonema à revelia de José Sócrates a pedir ajuda financeira a tesouraria estava completamente seca e nem chegaria para pagar os salários dos funcionários públicos no mês seguinte – ver o diagrama neste post. Por isso, quando Teixeira dos Santos fala dos «cofres cheios» de Maria Luís Albuquerque - quase 20 mil milhões de euros - ele fala com o saber de experiência feito de quem tinha os cofres vazios com 1,4 mil milhões de euros no final do 1.º trimestre de 2011.
Quem não pensa com tanta benignidade a respeito das opiniões de Teixeira dos Santos é o jornalista João Vieira Pereira que escreveu: «só que partir deste cenário para se insinuar que, depois da Grécia, somos os próximos a cair é acima de tudo uma tolice. Ainda para mais quando é dito por pessoas com responsabilidades passadas. Às vezes é preciso alguma pimenta na língua. ... Ele não foi o travão do então primeiro-ministro, foi o seu homem de mão».
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