Outras coisas: «Para mim Costa não é um mistério», (2), (3), (4), (5), (6), (7) , (8), (9), (10), (11), (12), (13) e (14).
«A propósito do sms enviado ao diretor-adjunto do Expresso, ocorre-me dizer muitas coisas, mas hoje fico só por uma: António Costa é um político surpreendente.
Não é surpreendente por esbracejar com o escrutínio da comunicação social. Afinal Costa é o orgulhoso herdeiro daquele primeiro-ministro investigado por um plano para controlar os meios de comunicação social.
E Costa, apesar da idade, é um político velho. Cresceu, há muito tempo, em idade e sabedoria (sobre tricas políticas) com uma comunicação social mais respeitosa (quando uns gritos a um jornalista mais atrevidote resolviam tudo), antes do trauma coletivo que são os anos socráticos e a sua apoteótica bancarrota final, sem redes sociais, nem blogosfera, nem internet que amplificasse os passos em falso. E agora nem doses maciças de terapia comportamental, nem frequência de reuniões de Abusadores de Jornalistas Anónimos, podem alterar hábitos antigos.
Também não surpreende por não saber responder às solicitações da comunicação social. Costa, na CML, recusou repetidamente ao Público documentos públicos sobre as adjudicações de obras pelo seu executivo – até esgotar os recursos judiciais disponíveis e se ver obrigado à disponibilização dos documentos. Este caso é com certeza expressão do extremoso amor de Costa pela transparência, pelo dever de informação, pelo escrutínio a que todos os políticos têm obrigação de se submeter. E foi também Costa que há meses nos divertiu num vídeo que correu as redes sociais onde, perante uma jornalista que se aproximou e o abordou na rua, furioso a acusou de ter saltado de trás de um carro (quiçá com salto de kung fu) e o ter assustado.»
Continue a ler no Observador «António costa. Um sms surpreendente. Ou não» por Maria João Marques uma radiografia do político que o jornalismo de causas traz ao colo (até ver).
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