Continuação de (1), (2) e (3)
Segundo as conclusões do relatório de inquérito da Inspecção-Geral de Finanças corroboraram a conclusão da Comissão Nacional de Protecção de Dados confirmando que a tutela política ignorava e não tinha dado instruções para criar a bendita lista. Acresce que a existência dessa lista não foi informada ao secretário de Estado pelo director-geral da Autoridade Tributária que entretanto se demitiu.
Sem surpresa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, que estava cansado de saber da existência de tal lista e por isso protestou há meses pelos processos disciplinares por acesso indevido, considerou que o relatório «não é isento, nem idóneo» e pediu outra vez a demissão do secretário de Estado - afinal ele está lá para isso e o jornalismo de causas está cá para lhe dar voz. Também sem surpresa, as conclusões do inquérito são irrelevantes para alterar seja o que for dos hectolitros de tinta e de cuspo que foram gastos a instilar nas meninges dos sujeitos passivos a culpabilidade da criatura.
No final, a questão mais importante que é assegurar a confidencialidade dos dados de todos os sujeitos passivos ficou soterrada debaixo de toneladas de detritos mediáticos.
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