«O regresso de um discurso nacionalista radical não é hoje um exclusivo da extrema-direita, é também, e cada vez mais, uma normalidade para a esquerda radical. E não digam que exagero, pois já estamos a assistir a isso mesmo, ao directo e ao vivo, na Grécia. A aliança entre o Syriza e um partido nacionalista da direita radical não nem resultou de um acaso, ainda menos de uma necessidade, resultou de uma real coincidência de objectivos, de retórica e de métodos.»
A quem não leu, recomenda-se a leitura integral deste artigo de opinião de José Manuel Fernandes no Observador. Ao relê-lo, passadas 2 semanas, ocorre-me que talvez estas proximidades espúrias e imprevistas radiquem no papel central que ambas as correntes atribuem ao Estado como instrumento indispensável para impor ideologias que o jogo democrático em circunstâncias normais nunca consentiria.
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